My Filosofy!
A dor de existir não pode ser superior à dor de pensar. Temos de ir vivendo sem estar com a sensação de corda na garganta. Quem lê o que vai estar agora por baixo, diz que estou a ser incoerente no que digo. Mas não será bem assim…
Quem vive diariamente o que quer, normalmente, é obter um estádio de alma que nos permita ir vivendo, não sobrevivendo, numa calma estóica e passiva, fora a redundância, como postula Ricardo Reis. O carpe diem tem os seus frutos mas não deve nem pode ser exacerbado.
Assim ainda que o nosso interior possa gritar constantemente e a alma nos fira como punhais, devemos afirmar o primado da existência sobre o pensamento exacerbado e psicótico que nos impele para a depressão. Devemos lutar, diariamente, para que as mais banais e insignificantes coisas da vida, se nos apresentem com uma face renovada, ainda que a face da nossa alma continue demasiado suja para ser mostrada.
Queria ser assim tão optimista e viver a vida num lirismo como o que narro. Devemos interpretar este quadro que pinto por palavras, parafraseando Cesário Verde no seu expoente máximo, não como aquilo que sigo mas aquilo que eu próprio idealizaria, se fosse colocado perante um cenário de exposição de uma filosofia de existência minimamente coerente.
A crua verdade dos meus factos contrapõe o que idealizo. Nada considero tão banal como aquilo que sou. Tristes são as manhãs em que me olho no espelho e nada vejo senão pele e osso armado começando mais uma odisseia de actos falhados e tormentas desmedidas. A grandiosidade que desejo, infelizmente, fica-se pelas palavras e optimismo que narro, das palavras dificilmente se irradia.
À minha maneira gostava de ser Caeiro: leigo, despreocupado, apontando a dedo aqueles que fazem do pensamento a sua bandeira e modus operandi .
Mas nada disto realmente assim se passa, nem eu me via agindo como alguém que não está nem aí para o que vai cá dentro. Sou alguém que busca uma utopia que não consigo definir claramente, ainda que a definição de utopia seja clara. Se assim é, que busco eu afinal?
Apenas eu : Hugo.
Quem vive diariamente o que quer, normalmente, é obter um estádio de alma que nos permita ir vivendo, não sobrevivendo, numa calma estóica e passiva, fora a redundância, como postula Ricardo Reis. O carpe diem tem os seus frutos mas não deve nem pode ser exacerbado.
Assim ainda que o nosso interior possa gritar constantemente e a alma nos fira como punhais, devemos afirmar o primado da existência sobre o pensamento exacerbado e psicótico que nos impele para a depressão. Devemos lutar, diariamente, para que as mais banais e insignificantes coisas da vida, se nos apresentem com uma face renovada, ainda que a face da nossa alma continue demasiado suja para ser mostrada.
Queria ser assim tão optimista e viver a vida num lirismo como o que narro. Devemos interpretar este quadro que pinto por palavras, parafraseando Cesário Verde no seu expoente máximo, não como aquilo que sigo mas aquilo que eu próprio idealizaria, se fosse colocado perante um cenário de exposição de uma filosofia de existência minimamente coerente.
A crua verdade dos meus factos contrapõe o que idealizo. Nada considero tão banal como aquilo que sou. Tristes são as manhãs em que me olho no espelho e nada vejo senão pele e osso armado começando mais uma odisseia de actos falhados e tormentas desmedidas. A grandiosidade que desejo, infelizmente, fica-se pelas palavras e optimismo que narro, das palavras dificilmente se irradia.
À minha maneira gostava de ser Caeiro: leigo, despreocupado, apontando a dedo aqueles que fazem do pensamento a sua bandeira e modus operandi .
Mas nada disto realmente assim se passa, nem eu me via agindo como alguém que não está nem aí para o que vai cá dentro. Sou alguém que busca uma utopia que não consigo definir claramente, ainda que a definição de utopia seja clara. Se assim é, que busco eu afinal?
Apenas eu : Hugo.
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