A essência do ser humano!
A grandiosidade do ser humano reside na sua própria essência. Pessoas existem cujos seus atributos físicos são de primeira grandeza e a sua própria presença irradia uma aura tal que nem precisam de dizer algo para serem notados. Pessoas existem, que mesmo não tendo sido desprezados pela Natureza, impressionam mais pelos dotes, qualidades e virtudes que têm do que propriamente pela presença física.
Provavelmente eu me inclua no segundo grupo. A banalidade do mundo em que vivemos leva-nos a dar uma importância desmedida e incontrolada ao que aparentamos ser, ao invés de valorização pouco conceituada daquilo que somos realmente cá dentro.
O meu caso sem dúvida que dá, quase, para rir. Sempre fui alguém cujas qualidades intelectuais, a todos os níveis, foi muito apreciada, ora por ter o dom da palavra, ora por nesta ou naquela disciplina obter maior destaque. Mas não louvo nem quero falar disso, antes a ideia que se deve reter é a das “qualidades interiores apreciadas” (desculpem a maneira de escrita saramaguiana mas foi algo espontâneo). Ora, neste contexto, normalmente, quem muito apreciado pelo que tem cá dentro, pois deverá ser pelo que tem cá fora.
Sempre fui portanto alguém cujo amor, definitivamente, ignorou. Era sempre o menino do “Ah, és muito inteligente mas não quero namorar” e passados dois dias andava com um rapaz e assim sucessivamente. Como todos sabemos, a mágoa da rejeição é das piores mágoas, se é que elas se podem catalogar, que podemos ter na vida. A mim, muitas mágoas trouxeram-me uma revolta e uma dor interior incalculável que tento mitigar diariamente naquilo que faço. Ainda que pense muito nisso… e talvez resida aí o grande problema da minha existência. Amigos dizem-me que as peripécias da vida são para ser vividas, apreendidas e suplantadas, que não são para estarem a ser marteladas e delas extraídas qualquer valor e significado doravante. Será isto correcto? Não creio, ainda que o comportamento psicótico, ainda que involuntário, em nada favoreça a mente humana. Estarei doente? Não. “Estou hoje lúcido como se estivesse para morrer”.
Assim passos os dias. Ferido na alma, por quem gostei, usado na vida por quem amei, frustrado por não ter conseguido aquilo que todos ambicionamos. Gostava de ter uma máquina do tempo para mostrar às pessoas que me usaram e fizeram de mim a réstia reles de ser humano que sou, que afinal há muito mais que uma cara e que alguém que sempre dedicou ao pensamento o seu maior tempo, afinal tem valor para ser amado, adorado e quiçá valorizado.
Diz-se em abono da verdade, que nós próprios somos o espelho dos nossos pais. Não querendo censurar, nem sequer por em causa o respeito e amor mútuo que nutrimos, sinto-me cada vez mais afastando-me dos meus pais. Tenho pena. Não sou o causador de tal afastamento, mas se calhar são as próprias peripécias da vida que levam a que as coisas sucedam assim e os irmãos mais novos se coloquem como epicentros atenciosos de quem a eles tem de dedicar atenção.
No entanto, sem qualquer dúvida, que digo que as pessoas que mais amo e mais me amam no mundo são os meus avós. Que me perdoem os meus pais, se algum dia internautas se tornarem ou este texto lhes cair na mão, mas tenho a certeza que mais que eles provavelmente ninguém me ama no Mundo. Eles sim, me valorizam pelo que sou, pelo que represento, pelo que posso vir a ser, e pela grandiosidade e orgulho que lhes transmito quando estou com eles. Não me vejo sem eles e perdendo-os provavelmente a minha vida descambará num abismo que nem me atrevo a imaginar, nem que seja por palavras.
À minhas ex-namorada uma frase só: a vida dá muitas voltas e normalmente Deus retribui em dobro aquilo que nos fazem. Faz muito tempo que tudo acabou, as feridas hão-de sarar mas um dia hás-de saber que ser usada dói muito.
Valorizem mais a essência, o conteúdo, o interior (e não assumam isto como filosofia barata), pois lembrem-se que o ovo não seria nada sem a clara e a gema.
Apenas eu: Hugo.
Provavelmente eu me inclua no segundo grupo. A banalidade do mundo em que vivemos leva-nos a dar uma importância desmedida e incontrolada ao que aparentamos ser, ao invés de valorização pouco conceituada daquilo que somos realmente cá dentro.
O meu caso sem dúvida que dá, quase, para rir. Sempre fui alguém cujas qualidades intelectuais, a todos os níveis, foi muito apreciada, ora por ter o dom da palavra, ora por nesta ou naquela disciplina obter maior destaque. Mas não louvo nem quero falar disso, antes a ideia que se deve reter é a das “qualidades interiores apreciadas” (desculpem a maneira de escrita saramaguiana mas foi algo espontâneo). Ora, neste contexto, normalmente, quem muito apreciado pelo que tem cá dentro, pois deverá ser pelo que tem cá fora.
Sempre fui portanto alguém cujo amor, definitivamente, ignorou. Era sempre o menino do “Ah, és muito inteligente mas não quero namorar” e passados dois dias andava com um rapaz e assim sucessivamente. Como todos sabemos, a mágoa da rejeição é das piores mágoas, se é que elas se podem catalogar, que podemos ter na vida. A mim, muitas mágoas trouxeram-me uma revolta e uma dor interior incalculável que tento mitigar diariamente naquilo que faço. Ainda que pense muito nisso… e talvez resida aí o grande problema da minha existência. Amigos dizem-me que as peripécias da vida são para ser vividas, apreendidas e suplantadas, que não são para estarem a ser marteladas e delas extraídas qualquer valor e significado doravante. Será isto correcto? Não creio, ainda que o comportamento psicótico, ainda que involuntário, em nada favoreça a mente humana. Estarei doente? Não. “Estou hoje lúcido como se estivesse para morrer”.
Assim passos os dias. Ferido na alma, por quem gostei, usado na vida por quem amei, frustrado por não ter conseguido aquilo que todos ambicionamos. Gostava de ter uma máquina do tempo para mostrar às pessoas que me usaram e fizeram de mim a réstia reles de ser humano que sou, que afinal há muito mais que uma cara e que alguém que sempre dedicou ao pensamento o seu maior tempo, afinal tem valor para ser amado, adorado e quiçá valorizado.
Diz-se em abono da verdade, que nós próprios somos o espelho dos nossos pais. Não querendo censurar, nem sequer por em causa o respeito e amor mútuo que nutrimos, sinto-me cada vez mais afastando-me dos meus pais. Tenho pena. Não sou o causador de tal afastamento, mas se calhar são as próprias peripécias da vida que levam a que as coisas sucedam assim e os irmãos mais novos se coloquem como epicentros atenciosos de quem a eles tem de dedicar atenção.
No entanto, sem qualquer dúvida, que digo que as pessoas que mais amo e mais me amam no mundo são os meus avós. Que me perdoem os meus pais, se algum dia internautas se tornarem ou este texto lhes cair na mão, mas tenho a certeza que mais que eles provavelmente ninguém me ama no Mundo. Eles sim, me valorizam pelo que sou, pelo que represento, pelo que posso vir a ser, e pela grandiosidade e orgulho que lhes transmito quando estou com eles. Não me vejo sem eles e perdendo-os provavelmente a minha vida descambará num abismo que nem me atrevo a imaginar, nem que seja por palavras.
À minhas ex-namorada uma frase só: a vida dá muitas voltas e normalmente Deus retribui em dobro aquilo que nos fazem. Faz muito tempo que tudo acabou, as feridas hão-de sarar mas um dia hás-de saber que ser usada dói muito.
Valorizem mais a essência, o conteúdo, o interior (e não assumam isto como filosofia barata), pois lembrem-se que o ovo não seria nada sem a clara e a gema.
Apenas eu: Hugo.
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