Wednesday, March 16, 2005


Calaram-se as almas. Parou o tempo. Abriu-se o céu. Do mais alto planalto que a visão alcança, a luz da tua alma irradia o meu ser. A luz ténue e fusca de um outrora sombrio foi-se pelo vão da escada como um gato assustado. Fantasmas de um passado recente exorcizados como que metamorficamente alterados. Tudo em tão pouco, tanto em tão infímo promenor. Sairam as aves do cativeiro, as moedas da algibeira e os dedos fracos, outrora débeis, começam hoje a conseguir tactear aquilo que a visão não vê. Será o tempo uma questão da mente? Será a felicidade uma utopia? Estarei eu num sonho que a qualquer momento pode acabar? Será que o hoje não é mais que um antecipar de um amanhã? Fecho os olhos e medito. Penso e escrevo. Vivo, parado, estático, pensativo, eloquente e astuto com a mente num objectivo, numa meta, num estádio de vida: tu. Perguntem aos sábios gregos se o amor não existe. Perguntem a Cleópatra se não amou Julio César. Perguntem a Romeu se Julieta não era a sua mais que tudo. E tu? Tu, apenas tu, tens em ti mais luz que um cometa, mais aura que o mais forte dos espíritos, mais vontade que o mais tenaz dos terrestres. O fogo da paixão eterna arde inexoravelmente no fogo das nossas vidas, paulatinamente traçando um rumo de dois caminhos eternamente encruzilhados, como um novelo que um gato vadio brinque na rua. Somos osso do mesmo esqueleto, carne da mesma carne, vontade e Destino do mesmo Destino e simbioticamente conotados com uma vertente que ambos julgavamos não ser possivel alcançar. Estamos na e para a vida como dois apaixonados loucos que lutam por um amanhâ radiante. Um amanhã que rasgue as folhas de papel de um presente nem sempre radiante, um amanhã que escreva a letras douradas na tua alma, a frase que mais orgulho tenho em dizer: amo-te! Nunca a palavra saudade teve tanto em si própria como desde a hora que o meu corpo parou de deslizar do teu e ancorou no vazio da tua ausência física. Porém, no meu coração e na minha mente não há segundo desta Era e da Outra, em que o teu nome não ecoe bem alto, pois nele está escrito o nome da felicidade. Por tudo isto e muito mais, vem juntar-te a mim na vertigem da existência e traçar, sem receios, quimeras ou oscilações a mais fantástica história de amor que algum dia a Humanidade conheceu. Por isso, te digo: Amo-te! Posted by Hello

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