Sunday, October 24, 2004


Olho para a tua cara. Do fundo de mim, se me cogitam sensações que pensei não serem verosímeis ou meramente atingiveis. Dou por mim como que levado por uma brisa suave, mas que me leva para lá dos Trópicos, para lá de onde a visão perde o alcance, no limiar do infinito. A panóplia existencial de espécie horrorosa e por vezes macabra, deu lugar a uma sensação de leveza de espírito e de sensações que julgava já não ter capacidade nem de sentir nem de fazer sentir. Dou, efectivamente, por mim a saber que a existência de uma pessoa, e que pessoa frise-se, pode conjugar uma existência plena de harmonia, simplicidade, amor e mais que isso autenticidade e efectividade afectiva. Como outros teóricos, cujo qualificação ultrapassa claramente a minha, referiram: depois da tempestade vem a bonança. Até aqui posso dizer que concordo. Mas o que não sabia, era que depois da tempestade iria alcançar o paraíso. Tão simples como uma gota de água, tão pura e límpida como ela, ergueste-te na minha vida e teimosamente alojaste-te no meu pensamento e na minha existência. Exasperantemente, mostraste-me que tenho algum valor e consigo ainda ter chama para poder fazer alguém feliz, algo que julgava ser incapaz de fazer. A minha alma e o meu espírito, cujas vontades, obviamente, não controlo, vivem e sobrevivem por ti. Os sonhos, janelas de alma, canalizadores de vontades e desejos de uma alma tão conturbada como é a minha, mostram-me todos os dias, imagens tuas, fazendo-me querer-te, fazendo-me ansiar amar-te e mais que isso, reforçando a cada dia que passa aquilo que sinto por ti. Há quem diga que a maior metáfora da vida é ela mesmo. Eu afirmo que a maior das metáforas são aquelas em que depositamos o maior dos sentimentos. Eu afirmo, cabalmente, que a expressão "peito elástico", nunca se me acentou como uma luva. Tu aí longe e eu aqui. Imaginando o que fazes, pensando em quem pensas, querendo estar ao teu lado, tocar-te, beijar-te, ter-te para mim e sussurrar-te ao ouvido que mais que uma existência, alimentas uma alma de carinho que te estima e te quer. Se a eternidade fosse mensurável diria que queria ficar contigo eternamente. Mas a incomensurabilidade da eternidade é uma aptidão desta palavra. Assim sendo, vou afirmando todos os dias que te quero no dia a seuir, e uma coisa te garanto: enquanto tiver fôlego e me quiseres, o meu coração há-de ser teu. Adoro-te. E tu sabes quem és. Apenas eu, completamente fascinado: Hugo! Posted by Hello

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