Saturday, October 23, 2004


Sempre me foram dizendo, que a vida seria não mais que uma errância desmedida à procura de correcção. Dado por adquirido está que, todos os erros que existem no mundo tendem a ser observados, estudados e posteriormente, caso seja isso possível, solucionados. Pois bem, não vou cabalmente afirmar que todas as minhas lamúrias, tristezas e devaneios tenham chegado a um fim, mas é uma verdade irrefutável que a minha vida, tem nos últimos tempos passados por metamorfoses sucessivas levando-me a estados de alma, por vezes de um antagonismo que chega a ser doentio e febril, face a redundância. Dou por mim neste momento sentado numa cadeira, sabendo que existem pessoas que davam tudo para estar contigo, para me amar e para me fazer o mais rico e fantástico dos seres vivos. Reafirmo, sem dúvida, a minha relutância face ao facto de a vida, ser sem a mínima dúvida uma alternância tremenda. Há situações em que vejo pessoas a dirigirem-se a mim, e quando do nada espero vem um comentário afável, uma colocação de voz diferente, uma postura acolhedora. Sem dúvida que algo tem mudado, mas algumas pessoas, como tudo na vida, valoro e dou mais importância que outras, ainda que todas elas tenham a sua importância relativa ainda que diferenciadas. Dou por mim, sem que a razão possa encontrar substracto válido, a querer mudar de cidade, a querer mudar de vida, a querer ir para longe daqui para talvez a pessoa em que tanto penso, possa fazer-me feliz. O pensamento nela fica grudado desde que acordo até ao último segundo do meu dia. Penso nela 25 horas por dia, 367 dias por ano e 61 minutos por hora. Devo, sem a mínima dúvida, ter um coração e um peito espectacularmente flexível para ter o corpo aqui onde aqui estou agora, e o coração, por vezes tão longe. A vida segue o seu curso, a minha errância exacerba-se a cada segundo que passa e o meu Destino se me levanta como cada vez mais incerto e por vezes, mesmo, dúbio. Queria ter o dom de adivinhar o que o amanhã me reserva: se a atenção que me dás vai continuar, se aquilo que sentes vai continuar, se o que sinto não vai ter fim. Mas gosto de viver sempre pelo presente e será assim, a racionalizar aquilo que sinto, faço e ainda hei-de fazer, que vou continuar a viver os meus dias, que já foram de uma escuridão tremenda. Urano, foi o símbolo que escolhi para simbolizar este súnito, volte- face na minha atribulada existência. Não digo que, porventura, esta fase não seja como uma tempestade que acontece e passe, fora a associação antitética. Escolho Urano porque é azul. Azul como os meus olhos, de que tanto gostas. E espero que deles continues a gostar, porque dificilmente eu deixarei de gostar. Um grande beijo para ti, que isto estás a ler. Apenas eu: Hugo! Posted by Hello

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