Gostava de entender as linhas do Destino. Perceber na mais ténue e disfarçada metáfora o seu mais longínquo sentido. Perceber a razão do ser e do estar, a razão do querer e do ter, do buscar e do alcançar. Gostava de ter na minha mão, o condor mágico de poder moldar o mundo à minha imagem. De ter nas coisas banais, o apogeu do meu dia e a verdade interínseca das coisas. Gostava de entender a pureza única, a verdade extrema e a beleza latente. Acordo todos os dias, com esta imagem que hoje te mostro na cabeça. Tu saberás porquê. Gostava de ter uma vida pautada da mesma forma que os caminhos de ferro estão e foram idealizados: sempre paralelos, nunca se tocando, estando a todo o momento em sintonia e harmonia cósmca! Talvez a minha vida, e a de quem a vive e sente como eu a sinto, pudesse final encontrar a felicidade no mais banal e óbvio e não sofresse por estar sofrendo a mais triste das verdades. Fernando Pessoa referiu-se ao coração como um comboio de corda, que acalentava a razão. Pois é... Que seria de nós se o coração não fosse capaz de, em parte, solucionar os problemas da mente? Que seria dos grandes Homens da História se não tivessem tido quem os amasse e estimasse mais do que as relíquias do Mundo Conhecido? Com base nisto, penso e divago e não chego a conclusão nenhuma. Penso, por vezes, que pensar é uma perda de tempo. Um escorrer de ponteiros de relógio que nos leva a perceber pouco e a sofrer demasiado. Debruçar-mo-nos e encarar o Desafio e Metáfora da Vida leva-nos a perceber que fugaz é aquele que vive sem pensar em nada. Por isso, vou vivendo, sobrevivendo, acalentando, querendo, lutando, aprendendo e acima de tudo pensando e desejando. Desejando voltar a esse lugar onde a Vida para mim nasceu. A esse lugar onde tudo começou. A esse lugar onde os meus olhos silenciosos gritaram por ti num Adeus de mil anos, numa dor profunda, de quem separa o inseparável. Numa dor profunda de quem molesta o imolestável, de quem nega o inegável. Aí foi onde nos separamos, mas será aí, neste sítio, com estes mesmos intervenientes da foto, que voltaremos a ter as nossas horas umbilicalmente traçadas. Por tudo isto, o meu coração será teu. Apenas eu, Hugo!
Wednesday, March 23, 2005
Gostava de entender as linhas do Destino. Perceber na mais ténue e disfarçada metáfora o seu mais longínquo sentido. Perceber a razão do ser e do estar, a razão do querer e do ter, do buscar e do alcançar. Gostava de ter na minha mão, o condor mágico de poder moldar o mundo à minha imagem. De ter nas coisas banais, o apogeu do meu dia e a verdade interínseca das coisas. Gostava de entender a pureza única, a verdade extrema e a beleza latente. Acordo todos os dias, com esta imagem que hoje te mostro na cabeça. Tu saberás porquê. Gostava de ter uma vida pautada da mesma forma que os caminhos de ferro estão e foram idealizados: sempre paralelos, nunca se tocando, estando a todo o momento em sintonia e harmonia cósmca! Talvez a minha vida, e a de quem a vive e sente como eu a sinto, pudesse final encontrar a felicidade no mais banal e óbvio e não sofresse por estar sofrendo a mais triste das verdades. Fernando Pessoa referiu-se ao coração como um comboio de corda, que acalentava a razão. Pois é... Que seria de nós se o coração não fosse capaz de, em parte, solucionar os problemas da mente? Que seria dos grandes Homens da História se não tivessem tido quem os amasse e estimasse mais do que as relíquias do Mundo Conhecido? Com base nisto, penso e divago e não chego a conclusão nenhuma. Penso, por vezes, que pensar é uma perda de tempo. Um escorrer de ponteiros de relógio que nos leva a perceber pouco e a sofrer demasiado. Debruçar-mo-nos e encarar o Desafio e Metáfora da Vida leva-nos a perceber que fugaz é aquele que vive sem pensar em nada. Por isso, vou vivendo, sobrevivendo, acalentando, querendo, lutando, aprendendo e acima de tudo pensando e desejando. Desejando voltar a esse lugar onde a Vida para mim nasceu. A esse lugar onde tudo começou. A esse lugar onde os meus olhos silenciosos gritaram por ti num Adeus de mil anos, numa dor profunda, de quem separa o inseparável. Numa dor profunda de quem molesta o imolestável, de quem nega o inegável. Aí foi onde nos separamos, mas será aí, neste sítio, com estes mesmos intervenientes da foto, que voltaremos a ter as nossas horas umbilicalmente traçadas. Por tudo isto, o meu coração será teu. Apenas eu, Hugo!
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