A triste melodia dos trilhos que piso, não alcançam a grandeza dos feitos que para mim idealizara. A melancolia perante a indiferença, o rancor no meio do ódio, o tédio misturado com a desilusão, levam-me a olhar o futuro com os olhos cheios de água e uma alma reticente e com medo de dar um passo em frente. Trilho o meu futuro com passos de menino carente, cauteloso, com receio que o mais diabroso dos demónios se me apareça defronte. Vagueio no sonho, roço o Infinito e aí onde a Alma deixou de ter nome, tento alcançar o outro lado da Vida. Onde o receio perde o nome e a Vontade é a virtude, cruzo vidas, pensamentos e metáforas de quem vive o momento que passa. Não mais me vejo como o simples terráqueo que espera que as coisas aconteçam. A acomodação é o ponto final da evolução humana. Divago sobre o amanhã de uma maneira doentia e, apesar de tudo, nem no sonho a minha alma consegue a paz que tanto busca. É como se a minha Ponte para o Além estivesse quebrada, e eu estivesse inexoravelmente aprisionado num momento que teria de voltar a viver incessantemente. Assim como na Economia, há quem diga que na vida tudo é uma questão de ciclos intertemporais, em que temos menos hoje para ter mais amanhã. Mas é isto justo? Será que o sentimento, quando sofrível, é justo? Serão as lágrimas que me caiem do rosto uma manifestação latente deste horizonte temporal? Queria e quero ser tão feliz. Ter o sorriso de mil anos, abraçar-te ao acordar, ter-te em mim, na minha pele, na atitude mais sensata e verdadeira que alguma vez terás oportunidade de vivenciar. Porquê esta treva, sempre que as palpebras se fecham com uma força tremenda sobre os meus olhos azuis? Terá Caronte impedido desde já o meu embarque para o Paraíso? Se impediu, vem-me salvar e ajudar-me a passar para o outro lado, porque a minha vida sem ti é como esta ponte: tremendamente incompleta e sem sentido para a sua existência. Apenas eu, Hugo!
Tuesday, March 22, 2005
A triste melodia dos trilhos que piso, não alcançam a grandeza dos feitos que para mim idealizara. A melancolia perante a indiferença, o rancor no meio do ódio, o tédio misturado com a desilusão, levam-me a olhar o futuro com os olhos cheios de água e uma alma reticente e com medo de dar um passo em frente. Trilho o meu futuro com passos de menino carente, cauteloso, com receio que o mais diabroso dos demónios se me apareça defronte. Vagueio no sonho, roço o Infinito e aí onde a Alma deixou de ter nome, tento alcançar o outro lado da Vida. Onde o receio perde o nome e a Vontade é a virtude, cruzo vidas, pensamentos e metáforas de quem vive o momento que passa. Não mais me vejo como o simples terráqueo que espera que as coisas aconteçam. A acomodação é o ponto final da evolução humana. Divago sobre o amanhã de uma maneira doentia e, apesar de tudo, nem no sonho a minha alma consegue a paz que tanto busca. É como se a minha Ponte para o Além estivesse quebrada, e eu estivesse inexoravelmente aprisionado num momento que teria de voltar a viver incessantemente. Assim como na Economia, há quem diga que na vida tudo é uma questão de ciclos intertemporais, em que temos menos hoje para ter mais amanhã. Mas é isto justo? Será que o sentimento, quando sofrível, é justo? Serão as lágrimas que me caiem do rosto uma manifestação latente deste horizonte temporal? Queria e quero ser tão feliz. Ter o sorriso de mil anos, abraçar-te ao acordar, ter-te em mim, na minha pele, na atitude mais sensata e verdadeira que alguma vez terás oportunidade de vivenciar. Porquê esta treva, sempre que as palpebras se fecham com uma força tremenda sobre os meus olhos azuis? Terá Caronte impedido desde já o meu embarque para o Paraíso? Se impediu, vem-me salvar e ajudar-me a passar para o outro lado, porque a minha vida sem ti é como esta ponte: tremendamente incompleta e sem sentido para a sua existência. Apenas eu, Hugo!
2 Comments:
mto bom post***
gostei muito!..
continua, porque gosto mt de vir ca.
faz-me pensar tb...
excelentes percepções..
axo k todos nós procuramos alguem para acariciar sempre...é preciso é acreditar! *
Captain of my Soul.
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