Tejo, Lisboa... Eu!
Cai aquele fim de tarde, pintado a tique taques, que a chuva canta e o Sol chora as ausências e lugares vazias nas silhuetas e olhares das pessoas que passam. Perdido, achado, baralhado e cansado, apareço nas ruas, ruelas e calçadas sem nome, aquelas que perdem o nome de sentidas por peles que perderam o Norte.
Dou por mim, banhando o Olhar num Tejo que se afasta, numa brisa fria que me gela o nariz e a ponta dos dedos. Essa ponta dos dedos, famintos, pelo toque que o Tempo tirou, na certeza porém, que o abraço é apenas uma questão de Tempo.
Penso-te. Vagueando todos os pedaços de Ti, que me deixas na pele como se o Mundo se condensasse em cada sorriso que brotas, fito Almada como que num chamamento de sereia que apenas os eleitos ouvirão. Lanço o meu amor ao vento, para que o Ocaso mo traga. Talvez o Dizer, faça o Acontecer, e permita que os dias aumentem, os toques se eternizem e olhares fiquem sempre cristalizados, na ternura ténue de um beijo espelhado no olhar.
Sou da Altura do que posso ser, e não da altura do que vejo. E talvez por aí te veja sempre ao virar da esquina, ao Entardecer... ao nosso Entardecer!
Gostava de abrir os chavões do Infinito, para perceber se terás a fórmula do meu sorriso. Aquele que inunda os teus olhos, aquele pedaço de Alma que condensas em Ti sempre que te toco. Gostava que fosse esse o momento que tens em Ti, quando me ouves, quando me sentes e quando o Tempo te me tira...
O Sol escondeu e calou, o erro de não te abraçar. O erro de não me ter cruzado contigo na rua. O erro de as esquinas não passarem por mim. O erro do coração bater mais forte quando Te penso. O erro dos erros erráticos, erradamente errados. E ainda assim tão certos, como o saber-Te agora, no sítio onde tocas o Mundo com os dedos, dedos esses que preenchem o meu Mundo.
Perdem-se as ideias, ganham-se as vontades, alinham-se as certezas... Beijam-se as bocas, no calor daquele olhar que nos matiza numa aguarela pintada de cores mil, as cores com que quero tatuar a tua Alma. Hoje, sinto-te respirar o ar das folhas caídas das árvores que brotam os frutos daquilo que nos vai cá dentro. Cá dentro somos o somatório das diferenças multiplicadas pelas divisões dos momentos que tivemos, vamos ter, queremos ter e haveremos sempre de Ter.
Hoje o recitar de poemas e palavras parece-me escasso para te cravar na pele. Por isso, deixo as palavras escorrerem pela boca, para que a luz da tua Alma se acenda e te faça sentir aquilo que as Tágides apregoam.
Hoje o turbilhão dos momentos, deu lugar à condensação do grito pela presença, pelo teu toque, pelo teu simples Ser, na certeza do abraço ténue, que a luz vermelha do Poente eterniza, no calor de um beijo Teu.
Hoje as palavras são poucas... Mas os momentos tão grandes...
Por isso vivam-se os momentos. E saboreiem-se as palavras... porque são para Ti.
Apenas eu, Hugo!
Dou por mim, banhando o Olhar num Tejo que se afasta, numa brisa fria que me gela o nariz e a ponta dos dedos. Essa ponta dos dedos, famintos, pelo toque que o Tempo tirou, na certeza porém, que o abraço é apenas uma questão de Tempo.
Penso-te. Vagueando todos os pedaços de Ti, que me deixas na pele como se o Mundo se condensasse em cada sorriso que brotas, fito Almada como que num chamamento de sereia que apenas os eleitos ouvirão. Lanço o meu amor ao vento, para que o Ocaso mo traga. Talvez o Dizer, faça o Acontecer, e permita que os dias aumentem, os toques se eternizem e olhares fiquem sempre cristalizados, na ternura ténue de um beijo espelhado no olhar.
Sou da Altura do que posso ser, e não da altura do que vejo. E talvez por aí te veja sempre ao virar da esquina, ao Entardecer... ao nosso Entardecer!
Gostava de abrir os chavões do Infinito, para perceber se terás a fórmula do meu sorriso. Aquele que inunda os teus olhos, aquele pedaço de Alma que condensas em Ti sempre que te toco. Gostava que fosse esse o momento que tens em Ti, quando me ouves, quando me sentes e quando o Tempo te me tira...
O Sol escondeu e calou, o erro de não te abraçar. O erro de não me ter cruzado contigo na rua. O erro de as esquinas não passarem por mim. O erro do coração bater mais forte quando Te penso. O erro dos erros erráticos, erradamente errados. E ainda assim tão certos, como o saber-Te agora, no sítio onde tocas o Mundo com os dedos, dedos esses que preenchem o meu Mundo.
Perdem-se as ideias, ganham-se as vontades, alinham-se as certezas... Beijam-se as bocas, no calor daquele olhar que nos matiza numa aguarela pintada de cores mil, as cores com que quero tatuar a tua Alma. Hoje, sinto-te respirar o ar das folhas caídas das árvores que brotam os frutos daquilo que nos vai cá dentro. Cá dentro somos o somatório das diferenças multiplicadas pelas divisões dos momentos que tivemos, vamos ter, queremos ter e haveremos sempre de Ter.
Hoje o recitar de poemas e palavras parece-me escasso para te cravar na pele. Por isso, deixo as palavras escorrerem pela boca, para que a luz da tua Alma se acenda e te faça sentir aquilo que as Tágides apregoam.
Hoje o turbilhão dos momentos, deu lugar à condensação do grito pela presença, pelo teu toque, pelo teu simples Ser, na certeza do abraço ténue, que a luz vermelha do Poente eterniza, no calor de um beijo Teu.
Hoje as palavras são poucas... Mas os momentos tão grandes...
Por isso vivam-se os momentos. E saboreiem-se as palavras... porque são para Ti.
Apenas eu, Hugo!